Festa da Latas 2018 começou de forma apressada para as tunas

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Espetáculos adiantados das tunas gerou pouca adesão por parte do público ao palco principal. Entre os obstáculos que os grupos enfrentaram, destacaram-se as contradições nos horários das atuações e a qualidade do jantar oferecido aos grupos. Texto por Daniela Pinto. Fotografias por André Crujo e Pedro Dinis Silva

A Tuna Feminina de Medicina da Universidade de Coimbra (TFMUC) abriu a primeira noite da Festa das Latas de 2018, na Praça da Canção. A atuação não decorreu à hora prevista no cartaz oficial da festa, e começou cerca de meia hora mais cedo do que estava planeado. Com as fitas amarelas, os membros do grupo dançaram e cantaram sob as luzes claras do palco. No início da apresentação, os membros do grupo afirmaram que não trouxeram “só responsabilidade”, mas também esperança e vontade de “mostrar o que é Coimbra”. As músicas como “Caloiro” e “Feitiço de Amor” foram alguns dos originais que a TFMUC apresentou.

Mesmo com uma plateia constituída por poucas pessoas, a tuna contou com grande apoio por parte do público. Maria Parreira, membro da direção artística da TFMUC, apontou como um dos pontos menos positivos durante a atuação o som que “não estava muito bom”. Na opinião dos membros da TFMUC, os responsáveis pelo som mostraram-se pacientes e tentaram ajudar. A mesma expôs ainda que adiantaram a sua apresentação e, por isso, ficaram um bocado prejudicadas a nível de visualização por parte do público. No que toca ao espaço este ano, Maria Parreira ilustrou que “é semelhante ao de anos passados e que o chão do ‘backstage’ está melhor”.

Entre o público que assistiu à atuação da tuna estava Vera Moreira, aluna do curso de Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC), que foi ao recinto “para ver as tunas”. A mesma afirmou que gostou do facto de “ser uma tuna feminina, divertida e com uma atuação que integrou danças”. Já Carolina Lucas, aluna de Gestão da Faculdade de Economia da UC (FEUC), explicou que estava a trabalhar, mas que tirou um bocadinho do seu tempo para assistir a apresentação do grupo e ainda elogiou o espírito da TFMUC.

A Estudantina Feminina de Coimbra foi o segundo grupo académico atuar. A tuna estava constituída por apenas 13 membros no palco. O público era, à semelhança da atuação anterior, escasso. O grupo terminou com as capas negras no ar a gritar o FRA, momento em que o público se envolveu mais e acompanhou as mesmas. Inês de Almeida, membro do grupo, e Teresa Martins, que faz parte do conselho diretivo, explicaram que “foi um ano de muitas saídas por parte de membros da tuna”. As mesmas informaram que muitas pessoas foram de Erasmus e outras estavam no último ano da licenciatura e que, por isso, atuaram com menos membros.

Tal como a TFMUC, afirmaram que “o espaço estava normal”, mas apontaram como ponto negativo a falta de higiene na alimentação “com talheres de plástico”. No que toca à organização também ficaram descontentes com “as horas da atuação, que foram mal divulgadas ao público” e que, por isso, ficaram “prejudicadas na adesão do mesmo”. Contudo, nem tudo foi mau para a Estudantina Feminina de Coimbra, que descreveu a tenda do ‘backstage’ como grande e que já têm acesso ao rio, algo que desejavam em anos anteriores.

Inês Cerqueira, estudante de Física na Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC), afirmou que veio para ver Manel Cruz, mas achou a atuação da tuna interessante. Na perspetiva da mesma, “é sempre bom ver os grupos da Associação Académica de Coimbra”. Entre os que viram o grupo, estava também Gabriel Cortês, aluno de Engenharia Informática da FCTUC, que apontou como pontos positivos “a união e a dinâmica”.

O Coral Quecofónico do Cifrão da FEUC foi a última atuação no palco principal. O grupo contou com uma maior adesão por parte do público. Após começarem o espetáculo com a música “Pobre de Mim”, os membros da tuna mostraram grande sentido de humor e dedicaram a música “Lágrimas de amor” a todas as mulheres. O presidente do Coral Quecofónico do Cifrão explicou que, antes da atuação, optaram por “jantar num restaurante”, através de um subsídio que lhes foi “dado”. O mesmo justifica a decisão com a má experiência que tiveram quando jantaram no recinto da Queima das Fitas do ano passado.

Beatriz Maia, estudante do curso de Gestão na FEUC, esteve na plateia e expôs que foi ver a tuna por incentivo da sua madrinha de praxe. A mesma afirmou que gostou do espírito familiar que os membros da tuna da FEUC demonstraram no palco entre si. Por outro lado, Diogo Gonçalves, aluno no curso de Filosofia na Faculdade de Letras da UC, confessou que foi ao recinto para “beber uns copos e conviver com os amigos”, mas, no que tocava as atuações, queria sobretudo assistir às tunas e a Manel Cruz.

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