Adesão às atuações das tunas começa a surgir no fim da noite. Organização criticada pelos vários grupos académicos. Texto por Jéssica Gonçalves. Fotografias por André Crujo e Jéssica Gonçalves
No terceiro dia da Festa das Latas e Imposição das Insígnias, a QUANTUNNA – Tuna Mista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra abriu o palco principal.
Depois de atuar também no Sarau Cultural que decorreu durante a tarde no recinto, mas num palco secundário, a tuna mostrou a sua música ao pouco público que estava presente. Uma das músicas apresentadas, “Festa das Latas”, tinha como propósito celebrar a tradição e Coimbra.
Ao longo da apresentação, foram apontados por parte dos membros da tuna vários pontos negativos acerca da organização. Os mesmos ficaram descontentes com o facto de decorrerem atuações em simultâneo no palco do Sarau e no principal. O grupo também criticou as condições da refeição e os horários adiantados.
Segundo Marta Mouta, estudante de mestrado em Engenharia Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), o espetáculo demorou “pouco tempo”. Na plateia também estava Inês Lopes, antiga aluna de Engenharia Química da FCTUC, que confessou sentir nostalgia quando ouviu a tuna da sua faculdade e recordou “bons momentos” através das músicas. Ambas as estudantes opinaram considerar má a situação de haver duas tunas a atuar ao mesmo tempo. “Se o Sarau fosse no palco principal não existiam este tipo de problemas” afirmou Marta Mouta. Na perspetiva das mesmas é de realçar a falta de importância dada às tunas em comparação com os artistas principais. “Devia ser explicado o que é o sarau e dar o devido destaque” acrescenta Inês Lopes.
A temperatura baixa começou a sentir-se, mas não impediu que a Tuna de Medicina da Universidade de Coimbra (TMUC) desse ao público um concerto que o fez vibrar. Ao som de “Coimbra dos Amores”, “Briosa” e “Voar”, a TMUC fez os presentes cantar em sintonia. Ana Rita Fradique estudante de Medicina da UC, contou que gostou do concerto e que de forma habitual a “TMUC atrai mais pessoas”. Em relação ao sarau desta tarde, admitiu que não sabia do evento. Acrescentou que é necessária mais divulgação. “Tunas de Coimbra é outra coisa” sublinhou Carina Carrasqueira, estudante de Gestão Hoteleira no Instituto Politécnico de Castelo Branco e que o concerto da TMUC foi animado.
Para fechar a noite no palco principal, a Imperial Tuna Académica da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (TAFFUC) não ficou atrás e também brilhou. Com um público melhor em relação à primeira tuna da noite, os estudantes de farmácia cantaram e encantaram o público até ao final da noite. Para encerrar o concerto e o 3º dia da Latada, a Imperial TAFFUC fecha com chave de ouro “Pró ano há mais”.