Chega ao fim a Festa das Latas: protesto de Tunas foi um dos marcos da edição

Objetivo principal perspetivado no ano anterior mantém-se um desafio não concretizado. Presidente da DG/AAC ressalva a importância de se criar uma aliança entre a festa e a cidade. Falha da logística relativa à venda de bilhetes e à falta de caixa multibanco foram outras críticas apresentadas. Texto por Joana Pedro

O último dia da Festa das Latas e Imposição de Insígnias 2018 trouxe consigo a oportunidade de equacionar os pontos que sustentaram esta edição. A Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), entidade organizadora, seguiu a tradição levada a cabo nas últimas edições e prestou declarações à comunicação social, na conferência de imprensa de encerramento.

A tradição fez-se acompanhar pela tecnologia, com um maior fluxo de informação nas redes sociais e com o aliar das potencialidades da aplicação Lydia, que visou tornar mais prática a compra de senhas de bebidas e ‘merchandising’. Segundo o administrador da DG/AAC e secretário-geral da Festa das Latas e Imposição de Insígnias 2018, João Ferreira, foram apostas bem-sucedidas. As receitas ainda não foram apuradas, mas o resultado aparenta ser positivo. Enquanto isso revelam-se algumas das críticas que delinearam a edição.

Tunas Académicas em protesto na presente edição

É às Tunas Académicas que cabe o início das noites de festa, concertos esses agendados para horas em que o Parque da Canção oferece uma plateia pouco, ou nada, composta. Na conferência do ano anterior, o presidente da DG/AAC, Alexandre Amado, viu este problema como alvo a ser resolvido nos anos seguintes. Uma das queixas por parte destes grupos destaca o adiantar da hora do concerto, sem aviso prévio. Alexandre Amado justifica esta situação através da ordem, por parte da Câmara Municipal de Coimbra, quanto à transmissão de som, a um nível controlado, depois das 3 horas.

Uma das soluções pode passar por adaptar o recinto a uma estrutura mais funcional que receba alunos de tarde. O atual presidente da DG/AAC revela que a chave para este problema passa por conciliar os interesses da organização e da própria cidade. “Às 22 horas o recinto está aberto, assim como outros estabelecimentos abertos ao mesmo tempo”, acrescenta.

Prós e contras: perspetiva geral

A logística da bilheteira aparentou ser outra crítica apresentada à organização, acima de tudo no dia de mais presenças no recinto, na noite de 4 de outubro, quinta-feira. O acesso ao multibanco é também uma falha lamentada. Alexandre Amado avançou que o banco com quem têm protocolo foi avisado da falha em cima da hora e, por questões de logística, o problema não foi resolvido. De destacar ainda uma novidade. Este ano, a DG/AAC assegurou o controlo da venda de cerveja e embora João Ferreira não avance um balanço concreto, salienta que o saldo não foi negativo.

E chega assim ao fim mais uma edição. Com música portuguesa que permaneceu um destaque e com números que se estabilizaram entre os 9 mil bilhetes vendidos, à exceção do dia encabeçado pelo artista Toy e pelo grupo Wet Bad Gang, que bateram resultados surpreendentes, com cerca de 17 mil presenças no recinto. Ainda não foi balançado o total de bilhetes vendidos, mas mantém-se entre os 40 e 50 mil, semelhante aos números do ano anterior.

Fotografia: Daniel Filipe/tvAAC

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